Terça-feira, 31 de Julho de 2007
R.S.I. - Rendimento Social de Inserção
O Centro Social e Paroquial de N.S. de Fátima estabeleceu recentemente um protocolo de parceria com o Centro Regional de Segurança Social de Viana do Castelo. É o segundo no âmbito desta medida de combate à pobreza e inserção social de famílias carenciadas e disfuncionais, apresentada pelo Instituto de Segurança Social, com o objectivo da integração sócio-profissional e económica dos beneficiários, de forma a que estes deixem de estar dependentes da medida.
O âmbito geográfico deste protocolo estende-se pelas freguesias de Santa Maria Maior e Monserrate e tem como objectivo abranger 100 agregados familiares, mais do dobro que o anterior.
Para o efeito, foi reestruturada a equipa técnica que vinha desempenhando assas tarefas, passando a ser constituída por duas Técnicas Superiores - uma Assistente Social e uma psicóloga - e três Auxiliares de Acção Directa , com exercício de funções a tempo inteiro.
Os resultados dos dois primeiros meses de actividade, apesar da integração e formação de três novos elementos - as Auxiliares de Acção Directa - constitui um indicador bastante positivo do trabalho realizado.

A Assistente Social Rosa Isabel Souto no local de trabalho
Para além do trabalho técnico realizado, foram desenvolvidas as seguintes diligências: 72 atendimentos no serviço, 39 visitas domiciliárias e 10 consultas de psicologia. Fora integrados 6 beneficiários em mercado de trabalho e 1 beneficiário em formação profissional.
Ao nível da Educação/Formação, foram encaminhados todos os beneficiários para completar o 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade. É de salientar que foram certificados 10 bemneficiários de etnia cigana com o 6º ano de escolaridade e 4 mulheres com o 4º ano.
Ao nível da Educação e Formação de Jovens fora da escolaridade obrigatória, foi criada uma turma do Programa PETI ( Programa para a Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil) para dar equivalência ao 6º ano de escolaridade, tendo sido certificado um elemento de etnia cigana com este nível.
Foram feitos três apoios económicos complementares por verbas de RSI para pagamentos de rendas de casa em atraso, tratamento dentário de menores e compra de óculos.
Foram cessados, neste período, 4 processos de RSI.
Por tudo isto está de parabéns a equipa do RSI.
Sexta-feira, 6 de Julho de 2007
VISITANTES INESPERADOS
O sr. Francisco hoje veio com companhia. Mas quem é o sr. Francisco? – perguntarão os que não sabem que é um voluntário que partilha o seu tempo disponível ajudando na biblioteca do Centro Social e Paroquial de Nª. Sra. de Fátima na rua da Bandeira, nº. 691, ali mesmo ao pé do Centro Regional de Segurança Social. Todos os dias, este senhor que vive em Vila Nova de Anha, desloca-se a Viana do Castelo a expensas próprias, para ajudar nas tarefas da biblioteca, sempre bem disposto e pronto a colaborar.
Imaginem que o sr. Francisco resolveu inscrever-se num curso de informática para poder estar à altura de desempenhar determinadas tarefas, (catalogação, empréstimos, etc.) que utilizam o computador como ferramenta de trabalho. É de louvar em todos os sentidos a atitude deste senhor, pelo apego e entusiasmo que dedica ao trabalho na biblioteca e não só.
O sr. Francisco é viúvo. Custou-lhe a aceitar a partida da esposa, a quem amava muito. Depois de um luto complicado, ultrapassou essa fase e hoje vive com um filho, nora e netos, ajudando nas lides domésticas sem preconceitos e sem vergonha, colaborando na educação dos netos transportando-os à/e da escola. Foi e é um bom pai e um óptimo avô.

Eram cerca das três da tarde quando o sr. Francisco entrou pela biblioteca adentro com os três netos, a Sara, a Sofia e o Eduardo. Não sei explicar porquê mas algo me dizia que era hoje que o sr. Francisco trazia os netos de visita à biblioteca. Ainda em tempo de aulas já tinha manifestado a intenção de os trazer a Viana visitar a biblioteca, Santa Luzia e outros lugares.
Recebi-os com carinho, alegria e simpatia, como devem ser recebidos todos os visitantes. Não é todos os dias que a nossa jovem e pequenina biblioteca, em crescimento como estas crianças, recebe tão importantes visitas.
Importantes, porquê? – questionarão alguns.
São importantes na medida em que representam o futuro. Deles e da forma como crescerem depende o futuro da humanidade. É um chavão, dirão. Porém, o gesto deste avô atento e empenhado que procura com exemplos e atitudes singelas, mas reais, mostrar o caminho a seguir, é digno de registo.

Quantos gostariam de ter um avô como este? Nos dias de hoje este cenário vai rareando cada vez mais. Está por fazer a avaliação que a humanidade ganharia em qualidade e em quantidade se aproveitasse o grande valor que os avós possuem a todos os níveis. Pessoalmente estou convicto que só teríamos a ganhar com o saber acumulado e amadurecido ao longo dos anos e que se vai perdendo de geração em geração.
PARABÉNS SR. FRANCISCO!